Dorival não teme rótulo de 'professor pardal' e cogita poupar no clássico

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 07/09/2015

SAMIR CARVALHO
SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O técnico Dorival Júnior está irritado com o calendário do futebol brasileiro e, por isso, não descarta poupar alguns titulares para o clássico contra o São Paulo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na Vila Belmiro, válido pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O treinador espera o resultado de exames de sangue para detectar a presença da enzima creatina quinase (CK) para definir o time. O exame é capaz de detectar quem está mais cansado e corre riscos de lesão.
"Só vamos saber [início da semana]. O time estava entregue, saímos exaustos. O campo da Ilha [do Retiro] exige muito. Tem que aguardar o departamento médico para ter uma posição", afirmou Dorival Júnior.
Dorival, inclusive, alega que não teme críticas por escalar um time alternativo no clássico. O treinador até defendeu os estrangeiros Juan Carlos Osorio, do São Paulo, e Diego Aguirre, ex-Internacional, técnicos que são favoráveis ao rodízio.
"Confio numa linha de trabalho. Típica situação para que o brasileiro tenha que amadurecer. Quando fizeram, era professor pardal. De repente, a aceitação muda um pouco, porque o Osorio, que faz um belo trabalho, e o Aguirre, vieram com outro perfil. Já usavam isso em seus clubes de origem. O brasileiro tem que mudar. Se poupar e os resultados não acontecem, a cobrança bate no treinador. Foi assim com o Aguirre. Preferíamos que tivéssemos seis jogos no mês. Seria ótimo", disse.
Para o clássico, Dorival segue sem contar com o atacante Geuvânio, que sofreu uma lesão de grau 2 na coxa direita e desfalca o time entre quatro e seis semanas, além de Lucas Lima, que defende a seleção brasileira.
Dorival considera que o time está muito desgastado com dois jogos por semana, especialmente porque disputará as quartas de final da Copa do Brasil, diante do Figueirense, e o Campeonato Brasileiro, sem priorizar uma das competições.