'Tivemos menos doença do que na Europa', diz médico britânico da vela

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 14/08/2015

ITALO NOGUEIRA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O diretor médico da equipe britânica de vela, Paul Mullan, afirmou que os atletas de seu país tiveram menos sintomas de doenças na baía de Guanabara do que em competições na Europa.
A equipe britânica, uma das principais do mundo, treina desde 2013 na baía, assim como outras equipes. De acordo com Mullan, "todo esporte baseado na água tem um risco inerente". O evento-teste da modalidade começa neste sábado (15).
"A realidade é que nós tivemos menos doenças aqui no Rio do que tivemos nas nossas raias europeias. Algumas de nossas rotinas, práticas, hábitos e experiências que adotamos -como aumentar a imunidade com suplementos médicos- nos ajudaram a adotar algo que parece estar funcionando", afirmou ele, em e-mail à reportagem.
A qualidade da água é alvo de questionamento desde a escolha do Rio como sede da Olimpíada. No mês passado, reportagem da AP (Associated Press) mostrou que os níveis de vírus presentes nos locais de competição da baía eram altos.
O COI (Comitê Olímpico Internacional) afirmou que as águas nas raias de competição são seguras. A presidente da comissão de coordenação do COI para os Jogos de 2016, a marroquina Nawal El Moutawakel, prometeu mergulhar na baía na Olimpíada.
Mullan disse que a profilaxia médica adotada para as competições no Rio são semelhantes às impostas em Londres-12.
"Houve muita pressão sobre a qualidade da água e é difícil ignorar isso. Mas a questão é que todo esporte baseado na água tem um risco inerente. Por exemplo, em Londres nós adotamos uma estratégia de prevenção de doenças similar que estamos adotando agora. Mesmo na Grã-Bretanha a qualidade da água cai em tempos de chuva. Nossa preocupação é em manter zero casos de doenças", disse o diretor-médico.