Título prova força de Bellucci, mas cabeça ainda o distancia da elite

Autor: Da Redação,
sábado, 23/05/2015

PAULO ROBERTO CONDE
SÃO PAULO (FOLHAPRESS) - A Suíça consegue extrair o melhor Thomaz Bellucci. Foi na confederação que ele conquistou três de seus quatro títulos no circuito profissional. O primeiro, em Gstaad, em 2009. E, neste sábado (23), o mais recente, em Genebra.
Para um tenista que começou a temporada com uma série de quase dez derrotas consecutivas –inclusive duas extremamente doídas contra a Argentina, pela Copa Davis -é uma guinada positiva admirável.
Bellucci, com mais este título, consolida-se cada vez mais como segundo melhor tenista brasileiro em todos os tempos na chamada era moderna do tênis –iniciada em 1968, com a permissão do profissionalismo.
O paulista de 27 anos, que já foi número 21 do ranking mundial, deve reaparecer entre os 40 melhores do planeta na próxima atualização do ranking.
A questão é quanto este título em Genebra pode impactar a confiança de Bellucci. Alto, potente e com bom saque, ele tem todos os requisitos para ser um tenista diferenciado, mas acaba sempre esbarrando em suas limitações psicológicas, que é justamente o que o separa da elite do tênis.
Todas as vezes que aparenta despontar, a cabeça rouba-lhe o ímpeto e ele declina. Foi assim em 2010, quando obteve seu melhor posto no ranking.
A resposta mais imediata está para ser dada em Roland Garros, que começa neste domingo (24). Bellucci foi um dos tenistas mais eficientes nesta temporada de saibro e, apesar de ter na chave o top 5 Kei Nishikori, pode trilhar uma boa campanha.
Se aliar sua técnica com o momento confiante, e não perder a batalha mental contra si, feitos ainda maiores o aguardam.