Em jogo de David e Golias, brasileiros dizem que chegou hora de ser grande

MARCEL MERGUIZO, ENVIADO ESPECIAL*
DOHA, QATAR - A melhor colocação brasileira em um Mundial masculino de handebol foi a 13ª posição em 2013. Neste domingo (25), às 16h (de Brasília), caso vença a Croácia, nas oitavas de final, já alcançará um resultado histórico.
O rival, no entanto, é o atual medalhista de bronze mundial e olímpico.
"A gente quer muito a classificação. A gente quer ser grande. E se quer ser grande, tem que ganhar dos grandes", afirma o central Teixeira.
O jogador da seleção ainda revelou que o médico da equipe, Gustavo Rocha, fez uma postagem no Facebook que inspirou os atletas: a história da vitória do pequeno David contra o gigante Golias.
Campeã do mundo em 2009, a Croácia, além da tradição, tem o melhor jogador do mundo de 2013: o central Duvnjak, 26.
"Sabemos que jogamos contra favoritos ao título", avalia o técnico espanhol do Brasil, Jordi Ribeira.
Enquanto o Brasil foi quarto colocado no Grupo A, com três derrotas e duas vitórias, a Croácia foi líder invicta do B. Agora, porém, quem perder está eliminado da competição no Qatar.
"Me anima essa situação de ter que vencer de qualquer jeito", afirma o armador Zé. "Não tem amanhã, não dá pra voltar atrás. Fico maluco quando perco e agora não podemos mais perder", completa o atleta de 21 anos que, assim como Teixeira, está em seu primeiro Mundial adulto.
"Temos que aproveitar o momento. É agora ou só daqui dois anos. E ninguém sabe se estará no próximo Mundial", disse Zé, um dos destaques do Brasil neste Mundial do Qatar.
*O repórter MARCEL MERGUIZO viaja a convite da organização do Mundial