Reinaldo e Léo Moura: destinos cruzados mais uma vez na decisão

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 24/04/2009

Em 1997 e 1998, Léo Moura e Reinaldo duelaram pelos campos esburacados do Campeonato Estadual de Juniores do Rio de Janeiro. Vestiam camisas trocadas. O lateral-direito jogava no meio-campo do Botafogo, enquanto o atacante era uma das principais promessas do Flamengo ao lado do goleiro Julio César. Os confrontos viraram meras estatísticas das categorias de base. Não criaram lembranças e muito menos rivalidade entre os personagens.

Nos profissionais, o único jogo registrado com os dois vestindo as camisas contrárias aconteceu no dia 10 de outubro de 2001, pelo Campeonato Brasileiro. Flamengo e Botafogo empataram por 2 a 2. Léo foi expulso e o atacante passou em branco. Naquele mesmo Brasileirão, Léo Moura fez um único gol pelo Botafogo na vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras. 

As carreiras seguiram caminhos diferentes e chegaram a um ponto de interseção em 2003, quando os dois fluminenses atuaram juntos no São Paulo. A amizade surgiu e a intimidade permitiu que o centroavante botafoguense colocasse um apelido no companheiro: Harry, participante do Big Brother Brasil 3. - Mas isso foi antes de eu cortar o cabelo no estilo moicano - avisou o lateral-direito. Neste domingo, os dois começam a decidir o Campeonato Carioca e desafiam o currículo vitorioso. Reinaldo participou três vezes do Estadual e tem 100% de aproveitamento.

 Todas pelo Flamengo (1999, 2000 e 2001). Por sua vez, Léo Moura também busca o tricampeonato que o amigo conseguiu. Para tal, conta com o bom retrospecto contra o clube que o formou: foram apenas duas derrotas em 16 jogos.

Se na Gávea o lateral-direito ostenta o status de titular incontestável desde que chegou ao clube, em junho de 2005, no clube alvinegro a situação era diferente. Segundo Sebastião Leônidas, funcionário do Bota e zagueiro na década de 60, Léo era reserva de um xará. - O Léo, que hoje está no Resende, era o dono da posição porque era considerado o melhor jogador das divisões de base do Rio. Desde que chegou aqui, o Léo Moura sempre foi muito magrinho e habilidoso e respeitava o fato de ser reserva. Só quando voltou ao clube, em 2001, já profissional, ele passou a jogar na lateral - revelou.