Tirone pede paz e ajuda para acabar gestão no Palmeiras

Autor: Da Redação,
sábado, 22/12/2012

Pressionado e muito criticado nos últimos tempos, o presidente Arnaldo Tirone tenta levantar a bandeira branca e pede paz no Palmeiras. Faltando exatamente um mês para o fim de sua gestão - a eleição presidencial será no dia 21 de janeiro -, ele pede união no clube e nega a chegada de reforços ainda neste ano.


"Temos de pensar no bem do Palmeiras. Nesse momento, gostaria que meus vices que se licenciaram (Walter Munhoz e Edvaldo Frasson) voltassem para me ajudar e queria que todos no clube se unissem para nos ajudar, independentemente da posição política. Dirigir um clube do tamanho do Palmeiras é complicado. Tirando o acidente de cair para a Série B, acho que fizemos um bom trabalho", analisou Tirone.


Sobre reforços, o pessimismo é total. "Estão oferecendo jogadores, colocam a bala na nossa boca, mas aí quando você vai ver, a bala é uma pimenta. Oferecem o jogador, mas com valores muito elevados. Não está fácil contratar", resumiu Tirone, que fica no comando do clube até a eleição do dia 21 de janeiro. "Vou trabalhar como se não fosse deixar o clube. Tenho de ser responsável e preciso acertar 99% das coisas que farei."


Um dos sonhos de consumo da torcida, o meia argentino Riquelme não está tão perto quanto parece. "Ele mostrou vontade em jogar com a gente, mas não posso inchar ainda mais o passivo do clube. Precisamos de parceiros e montar ações de marketing para essas ocasiões", disse o presidente. "Não estou descartando, mas é difícil porque são valores muito altos."


O volante Rodrigo Souto, que admitiu negociações avançadas com o Palmeiras, não parece tão prestigiado assim. "Não tem nada certo, conversamos com ele, mas sua contratação não é prioritária", avisou Tirone. "O problema é que, nessa época, os jogadores não querem muita conversa, então fica difícil tentar alguma contratação."


E, para acabar com as especulações, ele avisou que dificilmente o clube anuncia a contratação de algum jogador ainda neste ano. "Está muito difícil. Estamos trabalhando bastante, mas já estamos entrando na época das festas e acredito que fique só para o ano que vem mesmo", revelou o presidente.


Tirone garantiu ainda que não se sente intimidado pelo fato do Conselho de Orientação Fiscal do Palmeiras determinar que tudo que ele for fazer no clube tenha de contar com o aval deles. "Trabalhei no COF por 14 anos e sei como funciona. Não vejo problema algum nisso. Temos todos de pensar no Palmeiras", revelou.


Sem esconder o cansaço, ele admite que hoje não pensa em reeleição. "Temos até o dia 7 de janeiro para registrar a chapa. Quero o bem do Palmeiras e hoje não estou decidido e colocando a candidatura para o próximo pleito. Embora tenha muito apoio para fazer isso, não me sinto a vontade e nem motivado no momento", contou Tirone.