A CBF divulgou na tarde desta segunda-feira a súmula do jogo entre Inter e Palmeiras, disputado no último sábado, no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 33ª rodada do Brasileirão. No documento, o árbitro Francisco Carlos Nascimento ignora a polêmica do gol palmeirense que foi anulado, escrevendo que "nada houve de anormal" na partida.
O polêmico lance aconteceu aos 16 minutos do segundo tempo, quando o Inter já vencia por 2 a 1. Numa cobrança de escanteio, o atacante Barcos usou a mão para empurrar a bola para o gol. O juiz não viu a irregularidade e validou o gol do Palmeiras, assim como o bandeirinha e o auxiliar que fica na linha de fundo. Mas, depois de ser avisado pelo quarto árbitro, Francisco Carlos Nascimento voltou atrás e anulou a jogada, para revolta palmeirense.
O Palmeiras defende que o árbitro anulou o gol após receber ajuda externa, o que é proibido no futebol. Segundo o clube, foi o delegado da partida, Gerson Baluta, quem avisou a arbitragem sobre a irregularidade do lance após ter sido informado que as imagens da tevê confirmavam que Barcos usou a mão para tocar na bola.
Logo depois do jogo, ainda no gramado do Beira-Rio, Francisco Carlos Nascimento se negou a comentar o polêmico lance, dizendo apenas que foi um "trabalho de equipe". Agora, na súmula, ele ignora toda a confusão causada pelo gol anulado. O documento também confirma que Barcos não recebeu cartão amarelo por ter colocado a mão na bola, o que, diante da irregularidade, deveria ter acontecido.
Enquanto isso, a diretoria do Palmeiras tem buscado provas de que o árbitro recebeu ajuda externa para anular o gol de Barcos na derrota por 2 a 1 para o Inter. O clube deve entrar com uma representação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta terça-feira, mas sabe que tem poucas chances de ter sucesso no caso.