Cielo conquista o bi em Xangai nos 50 m

Autor: Da Redação,
sábado, 30/07/2011
Cielo sobrou na final do Mundial de Xangai e conquistou o bi nos 50 m livre

Cesar Cielo conquistou neste sábado (30) a sua segunda medalha de ouro no Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai. O brasileiro foi bicampeão dos 50 m livre com tempo de 21s52, o melho tempo do ano na prova, mas longe do recorde mundial- que também pertence a ele (20s91).

Cielo sobrou na piscina e bateu com quase meio segundo de vantagem sobre o italiano Luca Dotto, que marcou 21s90. Alain Bernard, da França, foi o terceiro. O também brasileiro Bruno Fratus, que havia feito o melhor tempo na sexta-feira (29), ficou em quinta com o tempo de 21s96.

Carreira dourada

Campeão olímpico dos 50 m livre nos Jogos de Pequim, em 2008, Cielo chamou a atenção do mundo aos 21 anos. Na semifinal da prova, ele quebrou o recorde olímpico de Alexander Popov, que durava desde a Olimpíada de 1992, em Barcelona. Na final, quebrou o próprio recorde, fez os 50 m em 21s30 e conquistou o primeiro e único ouro para o Brasil na história dos Jogos. Na mesma competição, ele também ganhou o bronze nos 100 m livre.

Em 2009, o brasileiro foi campeão mundial dos 50 m e dos 100 m livre, em Roma. No ano seguinte, levou o ouro nas duas distâncias no Mundial de piscina curta, em Dubai.

Ele é recordista mundial e olímpico dos 50 m e recordista mundial dos 100 m livres, entre outras conquistas.

Doping e ouro nos 50 m borboleta

O primeiro ouro de Cielo no Mundial foi na prova dos 50 m borboleta. Com tempo de 23s10, Cielo caiu no choro na piscina após a vitória e ao receber a medalha de ouro, sob o som do Hino Nacional Brasileiro.

Aquela foi a primeira grande conquista de Cielo desde que foi flagrado no exame antidoping, no Troféu Maria Lenk, em maio, com o diurético furosemida, que é proibido por estimular o emagrecimento e mascarar anabolizantes.

O nadador alegou ter tomado um complexo alimentar de cafeína contaminado, e foi liberado para disputar o Mundial dois dias antes do início das provas, em julgamento pela CAS (Corte Arbitral do Esporte). O tribunal, instância máxima da justiça desportiva mundial, manteve a decisão da CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), que apenas advertiu Cielo pelo caso.

Em sua primeira entrevista desde que o caso estourou, Cielo desabafou e disse que não podia imaginar sua vida sem a natação.
 

Tentei imaginar minha vida sem isso e abriu um buraco enorme no meu peito. Dar mais valor ao que eu tenho na vida foi a grande lição que Deus me deu. As medalhas são sem dúvida grandes conquistas, mas quando eu estiver com 40, 50 anos quero lembrar essa família que eu tenho e dos bons momentos que vão ficar guardados. O que tenho na piscina é “impagável”. Fisicamente estou muito bem, mentalmente ainda não está 100%, mas estou voltando a ficar perigoso.

No Mundial de Xangai, Cielo também disputou os 100 m livre, ficando na quinta colocação.