Católicos mantêm viva a tradição dos presépios há 787 anos

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 24/12/2010
Presépio surgiu com São Francisco de Assis

Maria, José, os reis magos, Belchior, Baltazar e Gaspar e alguns animais em volta de uma manjedoura com Jesus, o filho de Deus. Esta representação plástica do nascimento do menino Deus é comum aos católicos. Conhecida como presépio se tornou um dos maiores símbolo do Natal.
 

Na Igreja Santuário São José, em Apucarana, uma exposição foi montada. São mais de trinta modelos em gesso, argila, madeira, tecido, palha, metal, cereais e folhas. As peças ocupam três salas.


Ouro, incenso e Mirra
 

Independente do design, a história é sempre a mesma. O menino que se tornaria rei nasce entre os humildes. Os presentes que recebe dos reis magos já anunciam seu destino.
 

O ouro marca sua origem real. Jesus é descendente do Rei Davi. O incenso proclamava sua divindade, por ser tradicionalmente usado em rituais sagrados. A mirra cela a sua morte. A planta era usada no embalsamamento dos mortos.
 

De acordo com o Monsenhor Roberto Carrara, os presentes dos Reis Magos simbolizam as profecias de Jesus como rei, filho de Deus e como Salvador.
 

No Advento, as igrejas mudam seu cenário para receber o presépio, palavra que vem do latim e significa manjedoura. A tradição de caracterizar o nascimento de Jesus começou há 787 anos, na Itália. Carrara acrescenta que a iniciativa foi de São Francisco de Assis, em 1223.
 

O monsenhor conta que a intenção era representar o nascimento de Jesus. “A ideia logo se espalhou. Todas as igrejas começaram a armar seu presépio no Advento. As famílias também adotaram a caracterização em casa”, afirma.
 

Presépio na praça


As crianças talvez não saibam de toda essa história, mas elas aproveitam o presépio montado na Praça Rui Barbosa, ao lado da Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes, para brincar. Assim sem perceber, elas vão se familiarizando com o nascimento do menino Jesus.
 

A tradição e o carinho por esse personagem bíblico tão adorado pelos católicos não fica só nas igrejas. As casas também se preparam para receber Jesus no Natal.
 

Presépio em casa
 

A aposentada Lourdes Manzano, 70 anos, teve o capricho de pintar as próprias peças de seu presépio. Há quatro anos ela reconstrói no jardim de sua casa a história do nascimento de Jesus. A finalidade, segundo Lourdes, é lembrar o verdadeiro sentido do Natal. “É o nascimento do Menino Deus, por isso, que aqui não tem Papai Noel”, diz.