Livro revela vida sexual de Gandhi

Autor: Da Redação,
domingo, 06/03/2011
Gandhi escreveu um texto no qual afirmava sentir repulsa por ter feito amor com a mulher Kasturba

Um novo livro sobre Mahatma Gandhi, herói da independência da Índia, revela que o famoso voto de abstinência sexual não impedia que ele dormisse com jovens nuas, ao lado das quais testava sua integridade na renúncia ao prazer.

Gandhi: Naked Ambition (Gandhi: a ambição nua, em português), escrito pelo historiador britânico Jad Adams, conta sobre a vida de Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma, a grande alma.

O livro acaba de ser publicado no Reino Unido e chegará em breve às livrarias da Índia.

O perfil da intimidade de Gandhi foi elaborado a partir de seus escritos e dos depoimentos de pessoas próximas. O livro pode causar polêmica na Índia onde ele é praticamente considerado um santo, 60 anos após sua morte.

Em 1885, Gandhi escreveu um texto no qual afirmava sentir repulsa por ter feito amor com a mulher Kasturba, de 15 anos, no momento em que o pai dela estava no leito de morte.

Depois de ter tido quatro filhos, proibiu casais que frequentavam seu 'ashram' de ter relações sexuais enquanto estavam no local. Ele explicava aos maridos que deveriam tomar uma ducha fria em caso de excitação.

Jad Adam disse que uma das coisas surpreendentes que descobriu sobre Gandhi é a quantidade de vezes ele que escreveu sobre sexo

- Vemos que havia uma sexualidade perfeitamente normal na primeira parte de sua vida. Mas o que me interessou é que a partir de um momento, ele decide que é uma boa ideia ser casto. Seis anos mais tarde Gandhi faz votos [de abstinência] e os coloca em prática.

Livro diz que Gandhi era massageado nu e dividia cama com adolescentes

De acordo com o livro, Gandhi se banhava às vezes com adolescentes, era massageado nu e dividia a cama com uma ou várias seguidoras.

O historiador disse que não há provas de que ele tenha quebrado os votos de abstinência, apesar da definição de Gandhi ser bastante restrita.

- Ele se refere à penetração, mas define o sexo de uma maneira tão restrita que deixa de lado atividades muito sensuais que muitas pessoas qualificariam de sexuais.

Jad Adams acredita que Gandhi esperava que as mulheres o estimulassem sexualmente para poder demonstrar sua resistência.

Manu Nayar, irmã de Sushila, secretária particular do pai da nação indiana, foi uma das mulheres. As mulheres dos homens que frequentavam seu ashram eram chamadas às vezes para dividir as noites, apesar de não terem o direito de dormir com os maridos.

Para o autor do livro, estas práticas eram uma forma de strip-tease, nas quais se podia ver e brincar, mas não tocar.

O livro também conta que Gandhi tinha o costume de reter o esperma, que considerava fonte da energia espiritual. O costume não foi seguido por seus simpatizantes políticos. O primeiro-ministro Jawaharlal Nehru os considerava anormais.

A mulher de Gandhi, com quem se casou quando tinha 13 anos, teria aceitado, de boa ou má vontade, a abstinência de Mahatma, assim como os experimentos sexuais.