NX Zero ousa e se aventura pelo rap em novo álbum

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 02/12/2010
"Além dos fãs, fomos elogiados por quem vive essa cena, como MV Bill e Ice Blue", afirma Di Ferrero (de xadrez)

Para quem acompanha o NX Zero, não é novidade que a banda flerta com o hip hop há certo tempo. Seja nos shows ou em vídeos de bastidores das turnês, sempre acaba sobrando um trecho onde algum dos meninos se arrisca a fazer um beatbox e mostrar uma “cara de mano”. Di Ferrero já gravou participações em singles do gênero sem o grupo – em “All Good Things”, de Nelly Furtado, ele faz pontes versadas, ainda na época que “Razões e Emoções” ocupava o topo das paradas. Com o rappper Túlio Dek o vocalista emplacou “Tudo Passa” nas rádios do País.

Agora, com “Projeto Paralelo”, essa influência do hip hop se tornou uma aposta do NX Zero. Uma cartada ousada. Gravado no segundo semestre deste ano, o novo álbum traz como música de trabalho a faixa “Onde Estiver”, além de versões para as canções “Só Rezo” e “Cedo ou Tarde” e outros sons inéditos. São trabalhos que mesclam batidas e scratches com uma guitarra bem distorcida, o que faz ser percebida, nas remixagens, uma forte influência de Limp Bizkit e Linkin Park.
 

O que de fato legitima essa imersão pelo mundo do hip hop é a lista de rappers de peso que participam desse trabalho. Nomes que vão de Rappin Hood a Negra Li, passando pela revelação Emicida e a batida perfeita de Marcelo D2, entre outros. E quem assina a produção musical do disco é Rick Bonadio, que para a memória de poucos, antes de produzir bandas como Charlie Brown Jr. e CPM 22, cantou versos do gueto, isso lá nos anos 1980.
 

Di conta que o grupo trabalhou nessa ideia sem grandes ambições. Tanto que para tirar a pressão da repercussão do NX Zero se aventurando com o rap, eles resolveram dar o nome de “Projeto Paralelo” para o álbum. “Na gringa se escuta mais esse tipo de mistura e por aqui esse nosso novo som está sendo bem aceito, mas não levantamos a bandeira do hip hop, não temos essa pretensão”, explica. “O louco é que além dos fãs, fomos elogiados por quem vive essa cena como o MV Bill, o Ice Blue, que só não participaram desse registro pois estavam com suas agendas lotadas”, afirma.
 

Gee assina documentário que sai neste ano: "sempre fui o cara do vídeo"
 

Para complementar esse trabalho, o NX Zero deve lançar até o final do ano um documentário em DVD com depoimentos e as histórias dos convidados que participaram da empreitada. Gee, o guitarrista da banda, é quem está à frente da direção. Ele revela como conquistou essa responsabilidade e o que os fãs podem esperar. “Sempre fui o cara que se preocupou nesse lado de designer, foto, vídeo e comecei a cuidar disso. Agora, com certeza a confiança (do restante do grupo) só veio com o tempo mesmo. Até hoje vamos acertando todos os detalhes juntos. Sobre as filmagens, o que eu acho mais legal é que, como eu passei todos os dias no estúdio, pretendo mostrar o processo de criação até a finalização”.