Orçamento da Virada Cultural de São Paulo cai R$ 1 milhão em 2016

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 13/05/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Maior em duração, menor em espaços ocupados na região central da cidade. Assim será a 12ª edição da Virada Cultural de São Paulo, que ocorre na próxima semana, de 20 a 22 de maio -ou seja, um dia a mais de atividades, totalizando 30 horas de evento, seis a mais que em 2015.
O dia extra foi uma das novidades anunciadas na entrevista coletiva da organização da Virada Cultural, na Prefeitura de São Paulo, nesta sexta (13).
A secretária municipal de Cultura, Maria do Rosário Ramalho, explica que a ideia de começar um dia antes é "aproveitar quem sai do trabalho no fim do expediente".
O "esquenta" vai das 17h às 23h, quando bares que ficam no perímetro entre a avenida Ipiranga e a Praça da Sé recebem atividades como apresentações de jazz, hip-hop, rodas de samba e festas comandadas por coletivos de música eletrônica.
Se por um lado os visitantes poderão ter mais tempo para aproveitar as festas, por outro terão menos locais no centro de São Paulo para frequentar. O prefeito Fernando Haddad diz que a edição deste ano não terá palcos na Sé, no Parque Dom Pedro, na 25 de Março, na Luz e na Júlio Prestes. São locais considerados "mais problemáticos durante a madrugada", explica.
DESCENTRALIZAÇÃO
A mudança tem um efeito positivo: as atrações se espalham pelo restante da cidade, em direção a regiões que nunca receberam palcos da Virada, como M'boi Mirim, Parelheiros, Pirituba e Ermelino Matarazzo.
Ramalho ressalta que, pela primeira vez, todas as subprefeituras terão atividades. Nelas, as ações ocuparão 28 ruas abertas, oito bibliotecas municipais, nove centros culturais, sete teatros municipais, 11 casas de cultura, dez CEUs e cinco palcos externos.
MENOS DINHEIRO
A edição deste ano da Virada terá R$ 1 milhão a menos que o evento de 2015. Ramalho diz que o orçamento é de R$ 15 milhões, contra R$ 16 milhões do ano anterior. Na conta estão R$ 6,5 milhões gastos com infraestrutura e R$ 8,5 milhões em cachês.
"Conseguimos diminuir os gastos com contratos maiores", diz a secretária, referindo-se a negociações para que um artista que se apresenta duas ou mais vezes tenha valores menores por cada show.
Ela afirma também que, do total do orçamento, 10% podem vir de patrocínios de empresas -não revelou, porém, as empresas envolvidas.