Em SP, público assiste aos shows pelo celular, diz Mick Jagger na TV

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 03/03/2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Na única entrevista longa que deu em sua passagem pelo Brasil, a Luciana Gimenez, com quem tem um filho, Mick Jagger fez uma crítica sutil à forma como o público acompanhou os shows dos Rolling Stones em São Paulo.
O astro do rock contou ter ficado com a impressão de que, na cidade, a plateia "assiste aos shows pelo telefone". "É a cidade do celular. Parece um mar de telefones."
O grupo se apresentou na capital paulista no dias 24 e 27 de fevereiro. Mais de 125 mil pessoas foram ao estádio do Morumbi para ver a banda.
Sobre o Rio de Janeiro, onde tocou no último dia 20, dez anos depois de um histórico show na praia de Copacabana, o vocalista foi mais elogioso.
"A plateia estava ótima. Tinha um clima muito tranquilo. Não parece tão eufórico para mim."
Na entrevista de cerca de 20 minutos, exibida com pompa no "Superpop" (RedeTV), Jagger falou ainda sobre "Vinyl" (HBO), série de TV sobre o mundo da música nos anos 1970, que produz em parceria com Martin Scorsese. Contou que sua ideia inicial era fazer um filme, mas que a migração de bons profissionais à televisão o fez mudar de ideia.
E sobre a vida pessoal: "É um malabarismo [equilibrar família e carreira. Mas meus filhos são todos grandes Lucas [cuja mãe é a apresentadora] é o menor. Não preciso tomar conta deles o tempo todo."
NOVO DISCO
A Luciana, o músico também afirmou que os Stones já preparam um novo disco de inéditas, ainda sem data para sair.
"Estivemos no estúdio antes do Natal. Gravamos músicas novas, mas não sabemos quando serão lançadas. Vamos gravar mais algumas no final da primavera", contou.
Em setembro do ano passado, o guitarrista Keith Richards já havia revelado os planos da banda de lançar um novo disco em breve. Será o 25º trabalho do grupo, o primeiro em uma década.
Os Stones encerraram sua passagem pelo Brasil em um show em Porto Alegre, nesta quarta (2). Com a turnê "América Latina Olé", eles agora seguem para Peru, Colômbia e México.