Prefeitura determina intervenção em gestão do Theatro Municipal

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 26/02/2016

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em meio à investigação de um rombo que pode chegar a R$ 20 milhões nas contas do Theatro Municipal de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) determinou nesta sexta-feira (26) intervenção na gestão do municipal, comandada pela organização social IBGC (Instituto Brasileiro de Gestão Cultural).
A OS respondia ao ex-diretor-geral da Fundação Theatro Municipal, José Luiz Herencia, alvo de investigação conjunta da Controladoria-Geral do Município e do Ministério Público Estadual por suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito durante sua gestão.
Por meio de decreto, o prefeito Fernando Haddad determina intervenção nos prédios, serviços e bens móveis e imóveis que pertencem ao IBGC ou que foram cedidos à OS pela prefeitura.
A intervenção que será comandada por Paulo Dallari, atual diretor-geral do Municipal, pode durar até 90 dias e, se necessário, será prorrogada.
De acordo com o decreto de Haddad, a intervenção tem como objetivo "apoiar a atuação da Controladoria-Geral e do Ministério Público na apuração das responsabilidades e eventuais ilícitos" na gestão do teatro e "auxiliar os trabalhos de auditoria para a regularização das contas", para garantir que a programação do Municipal para 2016.
A Fundação Theatro Municipal de São Paulo assinou contrato de quatro anos com o IBGC em julho de 2013. À época, segundo Herencia, foi a única OS a atender à convocação pública de entidades interessadas em gerir o teatro.
José Luiz Herencia teve seus bloqueados pela Justiça em 15 de janeiro. A decisão judicial cita uma movimentação financeira do ex-diretor-geral do Municipal totalizando o valor de R$ 2,7 milhões entre janeiro e junho de 2014, além de outros valores milionários movimentados por uma conta em nome de sua mãe.