Destruído em incêndio, Museu da Língua fará mostra itinerante em SP

Autor: Da Redação,
terça-feira, 16/02/2016

LEANDRO MACHADO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O Museu da Língua Portuguesa, destruído por um incêndio em dezembro do ano passado, vai fazer uma exposição itinerante a partir de 4 de março.
A mostra "Estação da Língua" passará por cidades do interior de São Paulo, como Pirassununga e Araraquara.
São mais de 300 metros quadrados de exposição, com destaque para o inédito "Mapa dos Falares", que exibe o português falado em diferentes regiões do Estado de São Paulo.
Em telas sensíveis ao toque, o visitante poderá descobrir, por exemplo, os países em que o português também é língua nativa.
A exposição começa com uma projeção de breves textos literários de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Antunes. Eles foram interpretados pelos atores Paulo Betti, Julia Lemmertz e Deborah Evelyn.
Depois, um painel gráfico mostra as origens da língua e uma animação apresenta a expansão marinha de Portugal até o ano de 1500.
A terceira parte mostra uma linha do tempo da língua do idioma no Brasil até hoje, obra famosa no museu.
A exposição "Estação da Língua" já ocorreu por duas vezes, em 2013 e 2014. Recebeu mais de 70 mil visitantes em cidades como Santos, Araraquara e Ribeirão Preto.
Dessa vez, a mostra vai estrear no dia 4 de março em Araraquara, no Palacete das Rosas Paulo A.C. Silva. Ficará em cartaz até 2 de abril, e depois seguirá para Pirassununga.
INCÊNDIO
O Museu da Língua Portuguesa, no prédio da estação Luz (centro de São Paulo), foi destruído em 21 de dezembro do ano passado pelo incêndio, que matou o bombeiro civil Ronaldo P. da Cruz, 39.
Assista
Inaugurado em 2006, o museu era um dos mais visitados da capital paulista. Seu diretor, Antonio Carlos Sartini, espera reabri-lo até 2018.
Enquanto isso, a instituição trabalha para realizar, em outros espaços, exposições que já estavam programadas, como uma dedicada ao escritor português José Saramago e outra ao brasileiro João Ubaldo Ribeiro.
Segundo Sartini, os projetos dependem apenas de financiamento.