'Fazendinha' já bate o Facebook em faturamento

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 26/07/2010
Cavalo pode ser comprado por R$ 7,83 enquanto quatro frangos saem por R$ 9,96 na fazendinha

A venda “de verdade” de animas e máquinas agrícolas no FarmVille, a “fazendinha virtual” dos usuários da rede de relacionamentos Facebook, tem sido o responsável por puxar o lucro já estimado em cerca de R$ 1,5 bilhão (US$ 835 milhões) neste ano da empresa de jogos virtuais Zynga, criadora da fazenda.

O valor é superior ao faturamento do Facebook em 2009 que ficou em R$ 1,4 bilhão (US$ 800 milhões).

Segundo reportagem publicada neste sábado (24) pelo jornal americano “The New York Times”, o empresário Mark Pincus, executivo da empresa e criador do jogo, já sonha em se tornar o “Google dos jogos virtuais”, em referência ao sucesso do buscador mais conhecido no mundo virtual.

Apesar do jogo ser gratuito, os “bons fazendeiros” conseguem comprar equipamentos e até animais para a propriedade virtual mediante um pagamento “de verdade”. Para isso, são vendidos créditos, pagos no cartão de crédito, aos "viciados" no joguinho, que desejam comprar propriedades e se tornarem "famosos" no mundo virtual.

Um trator cor-de-rosa, um dos favoritos dos fazendeiros virtuais, é vendido por US$ 3,50 (R$ 6,30), enquanto o combustível custa R$ 1,08 (US$ 0,60). Um cavalo pode ser comprado por R$ 7,83 (US$ 4,40) e quatro frangos saem por R$ 9,96 (US$ 5,60). Pode parecer pouco, mas são esses “acessórios” que tornam a fazendinha cada vez mais lucrativa, segundo Mark.

Segundo especialistas ouvidos pelo R7, a fórmula de sucesso do jogo, onde o internauta se torna um “fazendeiro virtual”, tem todas as características para se tornar um vício.

“Enquanto o Facebook precisou de 4,5 anos para chegar aos 100 milhões de usuários, Zynga [que é a empresa de games de Mark Pincus] conseguiu atingir a mesma marca em apenas 2,5 anos”, informa o jornal americano.

A empresa já conta com mil funcionários, que trabalham 375 dias por ano, e já conta com 400 vagas de emprego abertas, segundo o “NYT”. O negócio é tão lucrativo que até investidores do Google e o fundador do Netscape, Marc Andressen, já colocaram R$ 925 milhões (US$ 520 milhões) na empresa sediado no Vale do Silício, na Califórnia, região conhecida por sediar uma das maiores empresas de tecnologia no mundo.