Com visual comportado, Faith No More mantém som pesado 

Autor: Da Redação,
sexta-feira, 25/09/2015
Com visual comportado, Faith No More mantém som pesado  - Foto -Junior Lago/UOL

LÍVIA MARRA
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Quando Mike Patton e seus companheiros do Faith No More entraram no palco, as flores e roupas brancas poderiam dar a impressão de que a banda americana, que explodiu no fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990, tinha perdido o vigor. 


Mas "Motherfucker", a música de abertura -e do novo disco-, mostrou que, apesar da aparência mais comportada e do gel no cabelo, continuam com som pesado. Os primeiros acordes soaram às 22h14 desta quinta (24), e o público, que lotava o Espaço das Américas, na zona oeste de São Paulo, cantou junto.


Mas o karaokê veio mesmo com as músicas antigas. Primeiro em "Epic", quando o show completava meia hora, depois em "Midlife Crisis" -quando a banda parou e o público cantou em uníssono um trecho- e no cover "Easy". 


Nesta sexta-feira (25), às 22h30, no palco Mundo, o Faith No More voltará a fazer um show no Rock in Rio 24 anos depois de tocar lá pela primeira vez, em 1991.


'OBRIGADO'
É verdade que Mike Patton já não pula mais como antes, mas ganhou a simpatia com frases em português, como 'Muito obrigado, São Paulo', 'muito legal'.
A primeira saudação aos fãs, só depois da segunda música, já arrancou gritos. E os 'obrigados' se repetiram. Alguns palavrões também. 


SEM BIS
Mike Patton começou a 'assustar' o público com anúncio de 'última [música] por volta das 23h20. Um 'tchau', minutos depois, foi seguido de protesto do público. Mas o show terminou às 23h45, após mais um cover: "I Started a Joke".


Com o palco ainda iluminado, os fãs começaram a sair, ainda com esperança do bis, que não aconteceu. 


Formado por Mike Patton (vocal), Bill Gould (baixo), Mike Bordin (bateria), Roddy Bottum (teclado) e Jon Hudson (guitarra), o Faith No More se apresenta pela sexta vez no Brasil.
Desta vez, a banda apresenta o álbum 'Sol Invictus', sétimo trabalho em estúdio e lançado neste ano, depois de um intervalo de 18 anos.