Suposta carta psicografada de Cássia Eller é divulgada nas redes sociais

Autor: Da Redação,
quinta-feira, 18/06/2015
Suposta carta psicografada de Cássia Eller é divulgada nas redes sociais

“Se eu disser para vocês que o inferno existe, acreditem, pois eu estava mergulhada nele, de corpo e alma, num espaço sombrio e frio, bem interno do ser, dos pés à cabeça, sem tempo, sem luz, nem descanso e afogava-me, a cada segundo, num oceano de matéria viscosa que roubava até minha ilusória alegria”. Assim começa uma carta que está circulando na internet e que seria uma psicografia da cantora Cássia Eller, morta no dia 29 de dezembro de 2001, aos 39 anos, após sofrer quatro paradas cardíacas.

O Lar de Frei Luiz, renomado centro espírita localizado no bairro de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, confirmou que, de fato, a carta foi psicografada no local. Segundo o presidente, Wilson Pinto, a mensagem foi recebida por um médium na noite de 7 de maio, durante uma reunião de dependência química.
- Não é a primeira desse tipo que recebemos. Já recebemos do Chorão, do Cazuza... é verdadeira. O que não é de nosso costume é a divulgação dessas psicografias, é um assunto interno da casa, não deveria ter vazado - ressaltou o presidente, acrescentando que não chegaram a avisar para a família da cantora sobre a carta, procedimento padrão no centro espírita. Suposto espírito relata período no “umbral” Na mensagem, o suposto espírito de Cássia relata o período em que passou no “umbral”, espécie de purgatório para a doutrina espírita. 

O termo ficou bastante conhecido após o filme “Nosso Lar”, baseado na obra homônima escrita através de psicografia pelo médium Chico Xavier. “Perguntava-me porque ali estava se nada fizera por merecer tão infeliz destino, depois de ser expulsa do corpo de carne através do uso maciço de drogas. 

A dúvida assaltava-me os raros momentos de raciocínio menos desequilibrado e as crises de abstinência trancavam todas as portas que dariam acesso à saída daquele campo de penitência de espíritos rebeldes e viciados como eu”, diz um trecho. Depois de alguns anos no “umbral”, conforme descrito na carta, o espírito da cantora teria encontrado a paz. “Despertei numa tarde serena, num campo verdejante e calmo. Não acreditava no que via, pois tudo, agora, parecia um sonho… Percebi, ao longe, o canto de uma ave que insistia em acordar-me daquele pesadelo no qual já me acostumava a viver”, relata a mensagem. Nesse local de calmaria, Cássia teria encontrado Cazuza, a quem se refere como “ídolo”, que teria cantado uma canção para a amiga.

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