Nova temporada de 'MasterChef' reafirma harmonia de jurados

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 20/05/2015

Uma garota que não gosta de nada quer tentar algo novo: cozinhar. Um ex-presidiário que roubou relógios cozinha desde pequeno ao lado da mãe. Uma jovem que afirma já ter matado um boi com uma "faca muito grande" é filha do polêmico empresário da noite Oscar Maroni. 

Na estreia de sua segunda temporada brasileira, nesta terça (19), na Band, o reality gastronômico "MasterChef" parece, ao menos neste início, ter priorizado a fauna de participantes bizarros -e não a comida. 

Ali estavam reunidos aspirantes a chef de toda sorte -teve até baiano jogando capoeira. Enquanto cada um deles fazia uma receita em busca da classificação para a próxima etapa do programa, rolaram muitas lágrimas, histórias de superação e um ou outro candidato mais arisco -como um soberbo italiano. 

A tática parece ter dado certo: média de 5 pontos no Ibope, contra 3,6 pontos na estreia da primeira temporada da atração (cada ponto equivale a 67 mil domicílios na grande São Paulo).
O bom ritmo do roteiro, no qual a apresentadora Ana Paula Padrão aparece como mera figurante, teve reforço dos protagonistas: os jurados e chefs Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin soam mais harmônicos do que na primeira temporada. 

Um não atropela o outro, os comentários se complementam e, juntos, são capazes de manter tensão e mistério. Surge também mais humor.
Jacquin, o cozinheiro francês mais temido no Brasil, tem carisma e graça. "Isso aqui é péssimo. Não é muito péssimo, mas é péssimo", disse ele diante de uma moqueca de robalo com camarão servida na companhia de uma farofa de jaca. 

E a modelo que preparou um "ceviche baiano"? Chorava, chorava, chorava. E Fogaça pergunta: "Vai temperar o ceviche com as lágrimas para salgar?".
A esperança é que o programa deixe o sentimentalismo e o zoológico humano apenas para o seu início, para então se concentrar no que de fato importa: comida.

NA TV
MASTERCHEF BRASIL
Exibição da 2ª temporada
QUANDO: às terças, 22h30, na Band
AVALIAÇÃO: muito bom