Cazuza, uma saudade que completa 20 anos

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 07/07/2010
Cazuza foi vocalista do grupo Barão Vermelho antes de se tornar artista solo em 1985

Cazuza foi uma das figuras mais marcantes da história do rock nacional. No dia 7 de julho de 1990, com apenas 32 anos, ele nos deixou, vítima de complicações decorrentes da Aids, mas sua música se mantém mais viva do que nunca. Grande poeta, roqueiro, ser humano. Deixou saudades.

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Entre os inúmeros momentos importantes de sua carreira, tive a oportunidade de ver, no segundo semestre de 1988, ao show de divulgação do álbum Ideologia (o melhor trabalho de sua carreira), no extinto Palace. As apresentações realizadas no Rio em outubro daquele ano foram gravadas e geraram o histórico O Tempo Não Para- Cazuza Ao Vivo.

No espetáculo, um Cazuza muito magro mas ainda repleto de energia nos proporcionou uma performance impecável, apesar de, na parte inicial do show, ele ter ficado bravo com parte do público, que não reagia como se espera em um show de rock and roll.

Sua entrada no palco cantando Vida Louca Vida, de Lobão, foi um dos momentos mais arrepiantes de minha vida. Era como uma profissão de fé na vida, na energia, no aproveitar todos os momentos como se fossem os últimos. E de fato foram.

A partir de um determinado momento, todos começaram a dançar, a pular e a colocar a energia para fora, com muita alegria. Cazuza se mostrou feliz, comemorou a reação entusiástica da plateia e se soltou ainda mais. Uma celebração rock and roll.

Ideologia, Boas Novas, Codinome Beija Flor, Todo Amor Que Houver Nessa Vida, Exagerado e Faz Parte do Meu Show foram momentos marcantes daquela noite inesquecível. Infelizmente, nunca mais vi um show do cantor, que também tive a honra de entrevistar em duas ocasiões. Saudades...