Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados ante a visitação da morte, sentimo-nos como se arrancassem o coração para que se faça alvejado fora do peito. Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E bastas vezes, tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem vazio te atormenta o espírito, as serena-te e ora, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na Vida Maior. Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as experiências no plano físico, não por pessoa que desapareceu para sempre, e sim a feição de criatura invisível, mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam, amam, sofrem e se renovam. Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquiliza-los com o apoio de tua conformidade e teu amor. Se te deixar vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo: ei-los que suportam angústia maior de vez que passam a carregar aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação. Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma. No entanto, converte quando possível às próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança. Assim, eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor de Deus.
* Emmanuel - Mensagem psicografada pelo médium Chico Xavier. Algumas citações dessa passagem...A velhice honrada não consiste em vida longa nem se mede pelo número dos anos. (Sabedoria 3.vers.8) Ó morte, quão amarga é tua lembrança para o homem que vive em paz entre teus bens. (Eclesiástico 41.1) Não temas a sentença da morte: lembra-te dos que te precederam e dos que te seguirão.
(Eclesiástico 41.3)
Reduzes o homem ao pó, dizendo: ‘Retornai, filhos dos homens!’ (salmo 90 (89) vers.3) Setenta anos é a duração de nossa vida; oitenta anos, se for vigorosa. Mas vangloriar-se disso é fadiga inútil, porque passam depressa, e nós levantamos voo. (Salmo 90 (89) vers.10 )
Conclusão
Esse processo da passagem para o plano espiritual, para nós é muito doloroso, sobretudo, quando somos acometidos pela ausência dos que foram antes de nós. Essa nova edição, deve constar no nosso dia a dia, pois quando baixamos na sepultura, toda bagagem que adquirimos na nossa trajetória terrena, sejam boas ou más, ficam na escuridão de um simples quadrado de terra. Pensemos seriamente como somos transitórios...