Placebo volta menos melancólico a São Paulo

Autor: Da Redação,
domingo, 18/04/2010
O show da banda Placebo, que aconteceu neste sábado (17), em SP, soou mais efusivo do que nas vezes anteriores

O trio europeu Placebo não chegou a abandonar a melancolia. Mas na escala em São Paulo, da turnê Battle for the Sun, neste sábado (17), o grupo soou mais efusivo que nas vezes anteriores.

O atual álbum da banda, formada em 1994 pelo escocês Molko e pelo sueco Olsdal, e recentemente integrada pelo baterista californiano Steve Forrest, lembra o seu primeiro CD, auto-intitulado Placebo (1996). Desde então, o rock batido ganhou um tom mais melancólico (usando novamente uma das palavras que melhor definem o grupo).

Ashtray Heart (Coração cinzeiro) é um exemplo do som mais alegre do CD Batle for the Sun - a música tem parte da letra em espanhol, "cenicero, mi corazón es cenicero" ("cinzeiro, meu coração é um cinzeiro"). Depois de passar por Porto Alegre (13), Curitiba (14) e Belo Horizonte (16), o Placebo não teve casa lotada em SP (quatro mil pessoas), mas teve casa animada.

Já as letras das músicas de Battle for the Sun, como se vê, continuam tristes. Talvez isso ajude a definir um novo público para o Placebo. A média de idade no Credicard Hall não ia muito além de 18, ou 19, talvez. Se não é um público cativo, pode se dizer que é, sim, um público cativado.

Pudera: bem antes da onda emo, Molko já desfilava seu estilo andrógino em 1994, quando conheceu o guitarrista Olsdal numa estação do metrô de Londres. Apesar de nascer no Reino Unido, o Placebo é um grupo europeu, já que seus dois mentores moraram em vários países e, coincidentemente, estudaram no refinado American International School, do ducado de Luxemburgo, mas em tempos diferentes.
A influência do punk britânico também aparece no grupo, que já esteve entre os mais tocados no Reino Unido, quando do sucesso de You Don´t Care About Us (Você não se importa conosco).

Além das músicas do novo álbum, o Placebo tocou hits como Special Needs (Necessidades Especiais), com uma pitada mais eletrônica, e, claro, Every You Every Me.

Além do visual provocativo de Molko, e da performance bem afinada de Olsdal e de Forrest, é preciso abrir um parênteses à violinista Fiona Brice. Ela já tocou Kanye West e Sugababes e, apesar de ser coadjuvante, esteve perfeita na cena.