MP investiga denúncias às vésperas das eleições

Autor: Da Redação,
quarta-feira, 03/10/2012

O Ministério Público Eleitoral de Apucarana está investigando mais uma denúncia de suposta captação ilícita de votos nestas eleições municipais. O novo caso, segundo relatou o promotor de Justiça Sérgio Migliari Salomão, envolveria a oferta de combustível em troca de votos no próximo dia 7. As apurações teriam começado anteontem e levado os três promotores eleitorais da Comarca a fazerem diligências por comitês eleitorais e postos de combustível ontem à tarde.
Houve busca e apreensão de documentos em quatro estabelecimentos do ramo, de acordo com Salomão. “Fomos em dois comitês, um de um candidato a vereador e outro de candidato a prefeito”, observou. Ele confirmou que os comitês vistoriados foram o do médico Beto Preto (PT) e do vereador Alcides Ramos Júnior (DEM).

“Vamos analisar os materiais colhidos, verificar se a suspeita tem procedência”, argumentou Salomão. Ele enfatizou que o Ministério Público Eleitoral não está afirmando que há irregularidades envolvendo os dois candidatos. “Estamos investigando por enquanto”, disse.

O promotor comentou que o suposto esquema estaria ocorrendo desde o início desta campanha eleitoral. “Os postos estariam fornecendo essa gasolina, o eleitor iria abastecer por semana. Bastante gente já teria recebido”, assinalou o representante do Ministério Público, sem precisar, no entanto, quantas pessoas estariam ligadas à suposta situação.
Beto Preto negou ontem ter cometido qualquer irregularidade nestas eleições. Ele argumentou que as denúncias envolvendo sua candidatura devem ter sido originadas por adversários políticos. Estes concorrentes, avaliou o petista, estariam desesperados por conta dos resultados obtidos nas pesquisas. “Estamos fazendo uma campanha franciscana”, reforçou.

Alcides Ramos também foi enfático ontem ao comentar sobre o mandado de busca e apreensão cumprido em seu comitê. Segundo Alcides, foram levados do comitê pastas com o agendamento de reuniões de campanha, a relação dos moradores que colocaram placas da candidatura dele em suas residências e informações de um banco de dados. “Nunca houve nem vão existir irregularidades”, sustentou o democrata, ao assinalar, entretanto, que vê com naturalidade o trabalho do MP e da Polícia Militar neste pleito.

No mês passado, a Promotoria Eleitoral já havia aberto inquérito para apurar a suposta entrega de cestas básicas a eleitores pela coligação “Mais Apucarana”, do candidato à reeleição João Carlos de Oliveira (PMDB). O prefeito nega as acusações.