Tucanos atacam Haddad e PT em comício de Serra

Autor: Da Redação,
segunda-feira, 01/10/2012


SÃO PAULO, SP, 30 de setembro (Folhapress) - O candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi o principal alvo de ataques em comício do rival José Serra (PSDB) realizado na noite de ontem, em Santo Amaro (zona sul).

A artilharia mais pesada, entretanto, não partiu de Serra, que se limitou a dar uma estocada na gestão Marta Suplicy (2001-2004), durante a qual o oponente foi chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Finanças.

"Sabe qual foi o investimento viário feito pelo PT [quando esteve na prefeitura]? Jardins e túneis com farois na entrada e que inundam quando chove", disse o candidato.

O tucano retrucou o discurso de Haddad de que a prefeitura paulistana não usa recursos já liberados pelo governo federal para a construção de creches na cidade. "Toda vez que escutarem que a prefeitura não quer usar dinheiro do governo federal, [saibam que] é mentira."

Coube a aliados do tucano tecer as críticas mais duras à gestão de Haddad à frente do Ministério da Educação, trazer à baila o tema do julgamento do mensalão e ligar o petista a medidas impopulares do governo Marta.

"O PT foi formado por presos políticos e vai acabar com políticos presos", disse o deputado federal Mendes Thame (PSDB-SP), referindo-se à possível condenação de petistas de proa pelo STF (Supremo Tribunal Federal), no julgamento atualmente em curso -o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) já foi condenado.

"São Paulo não é palco de corja mensaleira", afirmou pouco depois o deputado federal Alexandre Leite (DEM-SP).

O candidato a vice de Serra, Alexandre Schneider (PSD), disse que "foi ele [Haddad] que inventou a taxa de luz, a do lixo e a do asfalto -onde não tinha rua asfaltada, passava um empreiteiro com um cartãozinho para as pessoas pagarem o asfalto".

Também disparou contra a passagem do petista pelo MEC. "Sabe quantas vagas em creches da cidade de São Paulo ele criou como ministro? Zero. E no ensino técnico? Zero. E na universidade? Zero", bradou Schneider.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-PT) foi outro que mirou o currículo de Haddad. "A biografia dele cabe em três linhas. Ele é apenas um instrumento de seu partido e de seu chefe para tentar retornar à prefeitura", afirmou, antes de se referir ao líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB), como "um mauricinho metido a justiceiro".

O prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o governador Geraldo Alckmin também discursaram -no caso do primeiro, sob vaias de parte da plateia.