As taxas de DI abriram o pregão desta sexta-feira, 9, em baixa, ignorando a recuperação nos juros dos Treasuries e reagindo aos sinais de desaceleração da economia global recebidos desde quinta-feira (8) - aumento nos pedidos de seguro-desemprego dos Estados Unidos, a contração no PIB da zona do euro e a inflação abaixo da esperada na China, todos eles fatores que sugerem manutenção ou queda das taxas de juros à frente.
Por volta das 9h30, a taxa para janeiro de 2024 caía a 13,070%, de 13,092% no ajuste de quarta-feira, 7, enquanto a taxa para janeiro de 2025 recuava a 11,175%, de 11,256%. Em prazos mais distantes, as quedas eram mais acentuadas. A taxa para janeiro de 2026 caía a 10,54%, de 10,63%, enquanto a taxa para janeiro de 2027 recuava a 10,560%, de 10,641%.
A Bolsa brasileira permaneceu fechada nesta quinta-feira em função do feriado de Corpus Christi, e agora os investidores reagem tardiamente aos dados vindos do exterior que reforçam a tese de que o crescimento global está perdendo fôlego - o pode servir de obstáculo ao aumento dos juros, que age como um freio na atividade econômica.
Na quinta-feira as bolsas dos Estados Unidos tiveram um dia positivo justamente porque o indicador sobre auxílio-desemprego reforçou a tese de que há cada vez menos motivos para o Federal Reserve, o banco central americano, aumentar a taxa de juros por lá na próxima quarta-feira, 14.
Além disso, a China, país relevante para a economia brasileira, divulgou que a inflação ao consumidor do país veio aquém do esperado em maio, e que houve queda no índice de preços ao produtor para o menor nível desde o primeiro trimestre de 2016 - ambos sinais de desaceleração econômica, segundo o Rabobank.
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