A S&P Global prevê que os mercados emergentes desempenharão um papel crucial na formação da economia global, contribuindo com cerca de 65% do crescimento até 2035. Mesmo com a expansão, muitos emergentes não têm endereçado alguns problemas, como o fiscal. Do lado favorável, muitos países se beneficiarão da transição energética e de mudanças de rota da cadeia de abastecimento, que devem criar oportunidades para aproveitamento dos abundantes recursos naturais, da ampla força de trabalho e da capacidades de produção.
As economias emergentes terão um crescimento, na média, de 4,06%, ante 1,59% das economias avançadas, projeta a S&P Global em relatório divulgado nesta quarta-feira. Até 2023, a Índia se consolidará como a terceira maior economia mundial, atrás dos Estados Unidos e da China continental. A Indonésia e o Brasil aparecerão em oitavo e nono lugar, respectivamente, diz a S&P 500.
Na próxima década, os mercados emergentes estarão estrategicamente posicionados para impulsionar o crescimento econômico global através da expansão dos seus mercados domésticos e para se beneficiar da reconfiguração das cadeias de abastecimento, comércio e investimento", afirmou Yann Le Pallec, chefe dos serviços de rating global da S&P.
A S&P Global projeta que os emergentes têm um caminho único de descarbonização. "O aumento da procura de eletricidade, os recursos abundantes e a diminuição dos custos tecnológicos impulsionarão uma transição para as energias renováveis", avalia a S&P.
Na projeção da agência, até 2040, estes mercados deverão desenvolver quase 6.000 gigawatts de projetos de energia limpa, exigindo mais de US$ 5 bilhões em investimentos.