A produção de motos alcançou 140,3 mil unidades no mês passado, volume um pouco acima - alta de 0,5% - do total registrado em setembro de 2022 (139,6 mil). Foi assim o melhor setembro em produção de motocicletas desde 2013, quando as fábricas produziram 150,7 mil unidades no mesmo mês.
Frente a agosto, que marcou a maior produção de motos em uma década, houve queda de 14,5% em setembro. Também contribuiu para essa variação negativa o calendário com três dias a menos de trabalho do mês passado.
O balanço foi divulgado nesta terça-feira, 10, pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras de motos instaladas no polo industrial de Manaus (AM), onde está concentrada a maior parte da produção nacional.
De janeiro a setembro, foram produzidas 1,2 milhão de motocicletas, uma alta de 12,3% na comparação com os nove primeiros meses de 2022 e o melhor resultado entre iguais períodos em dez anos. A Abraciclo manteve a projeção que aponta para 1,56 milhão de motos em todo o ano, o que, se confirmado significará um aumento de 10,4% frente a 2022 (1,41 milhão de unidades).
O desempenho é puxado pela expansão dos serviços de entrega (delivery) e a busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos, em especial modelos de baixa cilindrada, que respondem por 81,7% do mercado.
"Em 2023, estamos experimentando um crescimento consolidado. O segmento apresenta potencial para continuidade no aumento dos volumes da produção", disse Marcos Bento, presidente da Abraciclo, durante a apresentação dos resultados do mês passado.
Só em setembro, foram vendidas 135 mil motocicletas, 9,2% acima do total comercializado no mesmo mês do ano passado. Na comparação com agosto, no entanto, houve recuo de 5,4% por conta do calendário mais curto de setembro, que teve três dias úteis a menos.
Desde o início do ano, as vendas, de 1,18 milhão de motos, acumulam crescimento de 19,7%, bem acima da expectativa da Abraciclo de aumento de 10,9%, para 1,5 milhão de unidades, em 2023. Conforme o presidente da entidade, o mercado de motos tem potencial de voltar a superar as 2 milhões de unidades em um prazo de até cinco anos.