PMI composto sobe a 53,2 a em janeiro, diz S&P Global; PMI de serviços avança a 53,1

Autor: Daniel Tozzi Mendes (via Agência Estado),
segunda-feira, 05/02/2024

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto sobre a atividade dos setores industrial e de serviços do Brasil subiu de 50,0 pontos em dezembro para 53,2 em janeiro, segundo dados divulgados pela S&P Global. A leitura superior a 50 pontos indica expansão da atividade e, abaixo disso, retração.

Em relatório, a S&P Global destaca que houve no período novo aumento na produção industrial e aceleração no ritmo de crescimento das atividades ligadas aos serviços.

O PMI que mede apenas a atividade dos serviços subiu de 50,5 pontos em dezembro para 53,1 pontos em janeiro.

"Um aumento sólido na atividade de serviços, combinado com um novo crescimento da produção industrial, significou que a economia do setor privado do Brasil começou o ano em um tom mais positivo. A atividade econômica agregada se expandiu ao ritmo mais acelerado em 15 meses, e acima da tendência para a série", destacou, em nota, Pollyanna de Lima, diretora associada econômica da S&P Global Market Intelligence.

Segundo ela, as empresas de serviços tiveram o aumento mais acentuado dos últimos sete meses no volume de novos pedidos, enquanto os produtores de bens viram suas carteiras de pedidos cresceram ao maior ritmo nos últimos 18 meses. "Os entrevistados da pesquisa citaram frequentemente uma melhoria no investimento dos clientes, a aprovação de cotações pendentes e condições de demanda mais favoráveis", acrescenta Pollyanna de Lima.

Ela ainda destaca que as perspectivas são positivas entre as empresas do setor privado do país, como resultado da queda do juro e do aumento da base de clientes. A pressão sobre os preços, porém, é um ponto de atenção à frente.

"Embora as perspectivas de crescimento tenham melhorado consideravelmente nos setores industrial e de serviços, as pressões sobre os preços contidas no primeiro setor contrastaram com a inflação persistente no segundo. As pressões sobre os custos agregados recuaram para o nível mais fraco desde julho, mas a inflação dos preços cobrados na atividade de serviços atingiu a maior alta em oito meses", explica Pollyanna de Lima.