O Produto Interno Bruto (PIB) fluminense cresceu 3,9% no segundo trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre do ano passado, puxado pelo setor de Serviços, que tem 64,3% de participação na economia do estado do Rio de Janeiro e registrou alta de 3,6%. As informações são parte de estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). De acordo com a análise, o setor de Serviços tem se beneficiado de um ambiente de queda na taxa de desemprego e de maior renda real disponível. A taxa de desemprego no estado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), foi de 11,3% no segundo trimestre - 1,3 ponto porcentual abaixo da registrada no mesmo período de 2022. Já a renda teve influência da desaceleração inflacionária e do aumento do salário mínimo, para R$ 1.320. A conjuntura tem impulsionado a economia estadual, com reflexos nas vendas do Comércio, que cresceram 6,5% no período, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, a federação frisa que o setor está 5 pontos abaixo da máxima histórica, atingida em 2014. Já a indústria fluminense registrou alta de 4,7% em relação ao segundo trimestre do ano passado. Segundo a Firjan, o resultado foi positivamente influenciado pelo aumento da produção de óleo e gás e da construção civil.
Indústria extrativaNa indústria extrativa, o segundo trimestre foi marcado por um forte aumento, de 8,6%, da produção em relação ao segundo trimestre do ano passado, principalmente por conta do aumento da exportação de óleo e gás. A federação destaca no estudo que o segmento extrativo fluminense está no seu maior nível desde 2003 e que a sua elevada participação na indústria fluminense (50%) teve papel fundamental na renovação do recorde histórico da indústria estadual no segundo trimestre deste ano. A indústria da construção civil teve crescimento de 2,4% no segundo trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre de 2022. Os projetos de investimento em obras de infraestrutura continuam contribuindo positivamente para o crescimento do PIB do estado do Rio de Janeiro. Já a indústria de transformação teve retração de 1,2%. De acordo com a Firjan, os efeitos atrelados à alta taxa de juros têm limitado o desempenho da indústria de transformação, principalmente em atividades sensíveis ao crédito. No entanto, a federação sinaliza que o aumento da produção de derivados de petróleo e biocombustíveis evitou uma queda mais acentuada devido a sua participação relevante na indústria de transformação do estado (30%). Para 2023, diante de cenário mais otimista no contexto nacional, e mesmo considerando um panorama internacional ainda desafiador, a projeção da Firjan para o crescimento do PIB fluminense foi revista para cima, passando de 1,6% para 2,3%. Para 2024, a expectativa é de alta de 2,5%.