O petróleo fechou a sessão desta terça-feira, 29, em leve queda, não conseguindo se recuperar após registrar o maior recuo em dois anos na segunda-feira. A commodity oscilou entre altas e baixas ao longo do dia, por conta do noticiário vindo do Oriente Médio, mas voltou a fechar em baixa após relatos de que Israel estaria aberto a discutir um cessar-fogo no Líbano.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em queda de 0,25% (US$ 0,17), a US$ 67,21, enquanto o Brent para janeiro de 2025, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve queda de 0,38% (US$ 0,27), a US$ 70,73 o barril.
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Depois de operar em alta pela manhã, em recuperação após perdas de 6% na segunda-feira e após relatos de que a Guarda Revolucionária do Irã ameaçou Israel com ataques "massacrantes" nos próximos dias, o petróleo voltou ao campo negativo à tarde. Isso porque, segundo a Axios, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, faria reunião para debater um possível fim da guerra no Líbano.
Para analistas do Julius Baer, o ataque de Israel ao Irã no fim de semana parece confirmar que os principais atores da região não estão interessados em um conflito que saia do controle e que a tensão atual está chegando ao fim. Assim, à medida que a temática geopolítica recua, as tendências de oferta e demanda estão se tornando o foco, com a primeira aumentando e a segunda estagnada. O banco projeta a commodity a US$ 65.
O Banco Mundial também espera que os preços caiam em 2025, em meio a um excesso de oferta de petróleo que provavelmente limitará os efeitos até mesmo em caso de um conflito mais amplo no Oriente Médio. Supondo que o conflito no Oriente Médio não se intensifique, a organização espera que o preço médio anual do petróleo Brent caia para US$ 73. "Já se uma interrupção de 2% da produção mundial ocorresse, os preços do Brent inicialmente subiriam muito, atingindo um pico de US$ 92 por barril."
*Com informações da Dow Jones Newswires