A Petrobras já está debruçada sobre os dados dos recém-abertos campos da Índia que serão vendidos este ano, informou a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, que ainda não bateu o martelo para a participação da estatal brasileira no leilão asiático.
"Fomos ao data-room e já pegamos os dados, há uma, duas semanas", disse Sylvia após palestra no seminário "A Força do Petróleo do Rio de Janeiro", realizado na zona oeste da cidade.
A executiva informou que a Índia havia fechado 35% das áreas possíveis de exploração e produção de petróleo em águas rasas, profundas e ultraprofundas, mas resolveu abrir para licitação este ano, o que despertou o interesse da Petrobras, que tem expertise em todos os níveis de exploração.
Em fevereiro, a presidente da estatal, Magda Chambriard, já havia sinalizado com a possibilidade da participação no leilão indiano.
"Nós analisamos, vemos a potencialidade e verificamos a possibilidade de participar ou não. Levamos ao nosso Conselho de Administração e, se for favorável, podemos partir (para o leilão), mas primeiro tem de avaliar", explicou a diretora, ressaltando que a Índia importa entre 4 a 5 milhões de barris diários de petróleo.
Sylvia descartou participar de outros leilões que serão promovidos no mundo este ano, como na Noruega, mas afirmou que o interesse na África continua. "A África sempre avaliamos. Avaliamos o corredor da África", ressaltou, sobre a área da costa daquele continente.
Sobre uma possível parceria com a Galp na Namíbia, no continente africano, que estava sendo costurada, onde a Petrobras passaria a ser a operadora do campo, a diretora se limitou a dizer que as negociações estavam paradas. "Eles pararam aquele processo e resolveram continuar perfurando", explicou.