Um maior pessimismo em relação à economia brasileira provocou em novembro um recuo no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), que caiu 0,6 ponto, de 53,2 pontos para 52,6 pontos. O indicador é medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que destacou ainda que, no mês anterior, o Icei havia registrado estabilidade. Embora tenha havido uma redução, o índice permanece em patamar que indica confiança dos empresários industriais, acima de 50 pontos.
"O que trouxe a queda da confiança em novembro foi a avaliação sobre a economia. Tanto a avaliação das condições correntes quanto as expectativas em relação à economia pioraram e continuam negativas", disse o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.
Um dos componentes do Icei, o Índice de Condições Atuais recuou 0,5 ponto para 48,3 pontos em novembro. Dentro desse índice, a causa da queda foi a avaliação da economia brasileira, que se tornou ainda mais negativa, explicou a entidade. O índice de condições atuais da economia brasileira recuou 1,7 ponto, para 42,5 pontos, patamar demonstrativo de piora da avaliação da economia em relação aos últimos seis meses.
Por outro lado, o índice que avalia as condições atuais das empresas manteve-se praticamente estável (+0,1 ponto) e segue em patamar positivo, em 51,2 pontos.
Já o Índice de Expectativas recuou 0,7 ponto para 54,7 pontos em novembro, "patamar que ainda mostra otimismo das empresas, embora mais moderado que no mês anterior". De acordo com a CNI, a piora das expectativas no mês se deve exclusivamente às relativas à economia brasileira, que se tornaram mais negativas.
O índice de expectativa sobre a economia brasileira recuou 2,5 pontos, para 46,7 pontos em novembro. Já o índice de expectativa em relação às empresas se manteve praticamente estável em novembro (+0,1 ponto) em 58,6 pontos, patamar que mostra otimismo dos empresários, informou a confederação.