O ouro fechou a sessão desta terça-feira, 8, em queda, em meio à decepção com os estímulos chineses. Além disso, rumores de ausência de escalada significativa no Oriente Médio, juro longos dos Treasuries subindo e o dólar consolidando posição forte pressionam o metal precioso.
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Nesta terça-feira, o ouro para dezembro fechou em queda de 1,14%, a US$ 2.635,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
A ausência de estímulos significativos da China frustrou expectativas de investidores que aguardavam o anúncio de novas medidas nesta terça-feira, levando o ouro a queda forte pela manhã, diante da perspectiva de menor demanda por commodities.
"A falta de estímulo maciço da China implica que os preços dos metais precisarão de uma perda de oferta para continuar sua recente alta", diz a AgResource, em nota. A primeira rodada de estímulo econômico do país impulsionou os ganhos das commodities, na esperança de que o maior comprador de exportações do mundo precisasse adquirir mais para cumprir as obrigações de demanda.
No Oriente Médio, há notícias ainda de que o Hezbollah estaria apoiando uma negociação de cessar-fogo com Israel para cessar conflitos no Líbano e de que Israel ainda não definiu como será sua resposta contra o Irã.
Os investidores em ouro parecem estar de braços cruzados e aguardando uma orientação clara antes de empurrar o preço do metal precioso para fora do modo de consolidação observado desde setembro, diz Chris Weston, chefe de pesquisa da Pepperstone.
Após o payroll nos EUA, as chances de um novo corte de 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros foi enterrada, dando força para os juros dos Treasuries e para o dólar, que competem com o ouro pela demanda por ativos seguros. A alta da divisa americana também encarece a aquisição do metal para detentores de outras moedas.
A consolidação diária do ouro desde o final de setembro está aumentando o potencial para uma mudança explosiva de preço em qualquer direção, e esse movimento poderoso deve moldar a tendência de negociação, diz Weston.
*Com informações da Dow Jones Newswires