O ouro desvalorizou 1% na sessão desta segunda-feira, 13, em realização de lucros após os ganhos da semana passada. Mas analistas não estão convencidos de que o movimento do dia representa a exaustão do rali que levou o metal às máximas históricas no mês passado.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em baixa de 1,34%, a US$ 2343,00 a onça-troy.
"A queda de hoje nos preços do ouro parece ser impulsionada pela realização de lucros, uma vez que ocorre em meio a um dia tranquilo para dados e segue uma recuperação decente de 2,5% na semana passada. No entanto, nossa previsão para o ouro permanece bullish (otimista), com o metal precioso potencialmente caminhando em direção ao seu terceiro mês consecutivo de ganhos", resumiu o analista Fawad Razaqzada, da City Index, em um relatório.
Razaqzada atribui a recente valorização do metal, ao menos em parte, ao dólar mais fraco e ao aumento da probabilidade de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) até setembro.
O TD Securities compartilha de visão similar. "Ainda há espaço para preços do ouro mais altos, pois os investidores macroeconômicos têm muita pólvora para usar em qualquer sinal de enfraquecimento dos dados econômicos e expectativas de cortes do Fed no horizonte", disse o banco, em nota. "O ouro está moderando neste começo da semana, mas não esperamos uma grande consolidação dos preços."