O ouro fechou em alta histórica, impulsionado pelas expectativas de investidores por cortes de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima semana e pela fraqueza do dólar registrada nesta sexta-feira.
Nesta sexta-feira, 13, ouro para dezembro fechou em alta de 1,17%, a US$ 2.610,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), renovando recorde de fechamento. Durante a sessão, o metal precioso renovou maior nível histórico, a US$ 2.614,60 por onça-troy. Na semana, o ouro teve ganhos de 3,41%.
Segundo o Commerzbank, a alta no preço do metal precioso se deve a grande expectativa do mercado para que o Fed corte as taxas de juros pela primeira vez em quatro anos e meio. O banco alemão projeta um "pequeno corte" nas taxas, mas não espera movimentos significativos de preços no ouro, tendo em vista que já renovou alta recorde.
Para o Bannockburn Global Forex, a fraqueza do dólar também contribuiu para que o metal precioso atingisse recorde nesta sexta. "Taxas mais baixas e um dólar mais baixo levaram o ouro a um novo recorde", explica.
O TD Securities afirma que a alta nos preços do ouro está associada a uma aposta em um corte de 50 pontos-base pelo Fed. Nesta sexta, uma reportagem do reportagem do Wall Street Journal indicou que os dirigentes do BC norte-americano estão indecisos sobre a intensidade do corte, o que fez com que os investidores voltassem a apostar na precificação mais agressiva - o que também dificultou a alta do dólar.
Ajudando a fortalecer ainda mais o preço do metal dourado, os papéis das mineradoras de ouro West African Rsources e Perseus Mining dispararam mais de 10% em Sydney, valorizando o ouro.