Ministério do Comércio da China rebate críticas e defende evitar tarifas por meio do diálogo

Autor: Laís Adriana (via Agência Estado),
segunda-feira, 08/07/2024

O Ministério do Comércio da China rebateu nesta segunda-feira, 8, críticas sobre a maneira como tem lidado com a imposição de tarifas sobre veículos elétricos do país e defendeu novamente que a União Europeia (UE) resolva as tensões econômicas e comerciais por meio de diálogo e consulta.

Em coletiva de imprensa, um porta-voz do ministério desmentiu comentários do embaixador da UE para China, Tuo Yaohui, que afirmou no domingo que a União Europeia tentou contatar o país por diversos meses sobre a imposição de tarifas. "Os comentários são seriamente inconsistentes com os fatos", disse o Ministério do Comércio chinês.

O porta-voz relembrou a linha do tempo de manifestações públicas e em encontros bilaterais da China sobre o caso desde o lançamento das investigações da União Europeia sobre veículos chineses, em outubro de 2023.

A lista inclui pedidos do presidente Xi Jinping e do primeiro-ministro Li Qiang durante encontros com lideranças europeias de alto nível, além de citar diversos encontros e intervenções em níveis ministeriais. A reunião mais recente citada pelo porta-voz ocorreu entre o ministro das Relações Exteriores, Wang Wentao, e o vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, por meio de videoconferência.

"A China tem demonstrado a maior sinceridade e esperança no trabalho conjunto com a UE para acelerar o processo de consulta e tentar alcançar uma solução aceitável para os dois lados o mais cedo possível", afirmou o porta-voz, reiterando que espera uma solução por meio do diálogo.

Entretanto, o Ministério do Comércio também reforçou o alerta de que a China "inevitavelmente tomará todas as medidas para proteger seus direitos e interesses" diante de qualquer comportamento que abuse das regras internacionais. "Nos opomos a qualquer unilateralismo e protecionismo que politize e use questões econômicas e comerciais como armas", alertou.

Contato: lais.almeida@estadao.com