O aumento de 7,31% no preço do minério de ferro exerceu a maior pressão sobre a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) de outubro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O IGP-10 passou de uma alta de 0,18% em setembro para um aumento de 0,52% em outubro, maior taxa desde julho de 2022, quando subiu 0,60%. O índice acumula redução de 4,88% em 12 meses.
"Os três índices componentes do IGP-10 registraram avanços em suas taxas de variação, com ênfase no Índice de Preços ao Produtor (IPA). No contexto do IPA, o preço do minério de ferro desempenhou um papel central, experimentando um significativo aumento de 7,31%. Essa elevação foi impulsionada pela política de apoio econômico adotada pela China, que é o maior consumidor global desse produto", justificou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de alta de 0,23% em setembro para uma elevação de 0,61% em outubro.
Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais passaram de um recuo de 0,14% em setembro para uma queda de 0,04% em outubro, tendo como principal contribuição o subgrupo alimentos processados, cuja taxa saiu de -1,29% para 0,66%.
O grupo Bens Intermediários passou de 1,14% em setembro para 0,99% em outubro, puxado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa saiu de 15,34% para 4,32%.
O grupo Matérias-Primas Brutas passou de um recuo de 0,44% em setembro para avanço de 0,84% em outubro, influenciado pelos movimentos dos itens minério de ferro (de 2,81% para 7,31%), bovinos (de -8,91% para -0,16%) e cana-de-açúcar (de 0,11% para 2,48%). Na direção oposta, houve quedas nos itens soja em grão (de 3,16% para -1,20%), mandioca/aipim (de 1,52% para -5,38%) e leite in natura (de -5,67% para -6,52%).