As medianas de inflação de curto prazo do relatório Focus indicam que o IPCA deve acumular alta de 1,21% no quarto trimestre deste ano. No relatório anterior, as estimativas sugeriam uma inflação marginalmente menor no período, de 1,17%.
A mediana de inflação de outubro subiu 0,02 ponto porcentual, de 0,49% para 0,51%, contra 0,34% um mês antes. A projeção para novembro se manteve em 0,20% pela terceira semana seguida.
Como o anúncio da redução da bandeira de energia em novembro, de vermelha 2 para amarela, ocorreu na última sexta-feira, 25, é provável que os analistas não tenham tido tempo de atualizar no Focus as suas estimativas para a inflação do mês.
A mediana para o IPCA de dezembro oscilou 0,02 ponto porcentual para cima, de 0,48% para 0,50%. Um mês antes, era estava em 0,45%.
Projeção suavizada
A mediana do relatório Focus para a inflação suavizada dos próximos 12 meses subiu de 4,01% para 4,04%. Um mês atrás, era de 3,97%. Essa medida ganhou importância nas análises do mercado após a regulamentação da meta de inflação contínua, que valerá a partir de 2025.
O novo regime prevê que o cumprimento da meta seja apurado com base na inflação acumulada em 12 meses. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o Banco Central terá descumprido o alvo.
A meta continua tendo como centro 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Ela pode ser alterada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), por iniciativa do ministro da Fazenda, mas é necessário aguardar um prazo de 36 meses para que uma mudança tenha efeito.