A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 10ª semana consecutiva, de 4,60% para 4,84% - acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, a projeção era de 4,34%. Considerando apenas as 100 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 4,63% para 5,00%. Os dados foram divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 23.
A partir do ano que vem, a meta será contínua, apurada com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou menos (1,5% a 4,5%). Se a inflação ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância por seis meses consecutivos, o BC terá descumprido o alvo.
A estimativa intermediária para a inflação de 2024 passou de 4,89% para 4,91%, também acima do teto, de 4,50%. Quatro semanas atrás, estava em 4,63%. Levando em conta apenas as 100 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 4,93% para 4,94%.
A mediana para a inflação de 2026 se manteve em 4,0%, contra 3,78% há quatro semanas. A projeção para 2027 passou de 3,66% para 3,80%, de 3,51% um mês antes.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4,0% nos quatro trimestres fechados nesse período, no cenário com a taxa Selic do Focus e dólar começando em R$ 5,95 e evoluindo conforme a paridade do poder de compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,90% e desacelere a 4,50% em 2025.