Após dez semanas de altas, a mediana do relatório Focus do Banco Central para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 permaneceu em 4,37%, ainda próxima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, estava em 4,26%.
Nos últimos cinco dias úteis, 64 instituições revisaram as estimativas de IPCA de 2024 e, nessa base, a mediana recuou de 4,40% para 4,36%.
A mediana para o IPCA de 2025 também ficou inalterada nesta semana, em 3,97%, de 3,92% um mês antes. Considerando apenas as 64 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,0% para 3,86%.
As medianas para os horizontes mais longos também se mantiveram descoladas do centro da meta. Para 2026, oscilou de 3,62% para 3,60% após 16 semanas de estabilidade. Para 2027, seguiu em 3,50% pela 65ª semana consecutiva.
O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o primeiro trimestre de 2026 como seu horizonte relevante e espera que a inflação atinja 3,5% no período, considerando o cenário de referência, com a trajetória de Selic embutida no Focus e dólar a R$ 5,60, evoluindo conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC).
Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA termine 2024 em 4,30% e desacelere a 3,70% em 2025.
Projeções mensais
A mediana do relatório Focus para o IPCA de setembro caiu de 0,53% para 0,50%, contra 0,30% um mês antes. A estimativa intermediária para outubro, porém, subiu de 0,31% para 0,34, contra 0,30% há quatro semanas.
A projeção para novembro permaneceu em 0,21%, de 0,22% um mês atrás.