A fabricante de máquinas CNH Industrial, dona de marcas como Case IH e New Holland, registrou lucro líquido de US$ 401 milhões, ou US$ 0,31 por ação, no primeiro trimestre deste ano, informou a empresa nesta quinta-feira. O resultado representa baixa de 16,8% ante o reportado no primeiro trimestre de 2023, lucro líquido de US$ 482 milhões (US$ 0,35 por ação).
O lucro líquido ajustado foi de US$ 421 milhões no período (US$ 0,33 por ação), ante US$ 475 milhões (US$ 0,35 por ação) do primeiro trimestre do ano passado. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado foi de US$ 405 milhões, perda de 27%.
A receita líquida caiu 10% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, para US$ 4,818 bilhões. Em comunicado, o CEO Scott Wine destacou que a empresa "navegou em um ambiente de mercado em declínio no primeiro trimestre, à medida que a demanda da indústria diminuiu, especialmente na América do Sul e na Europa". "Antecipando esses ventos contrários, continuamos melhorando o que podemos controlar - eficiência de produção, execução comercial disciplinada, reduções judiciosas de despesas gerais e administrativas, e investimentos ponderados em produtos e tecnologia", acrescentou.
As vendas de equipamentos agrícolas da CNH recuaram 15% no trimestre, de US$ 3,927 bilhões para US$ 3,373 bilhões. O Ebit (lucro antes de juros e impostos) ajustado do segmento ficou em US$ 421 milhões, contra os US$ 570 milhões obtidos em igual intervalo do ano anterior. A companhia atribuiu o declínio nas vendas ao menor volume da indústria em todas as regiões e à gestão de estoque dos revendedores, que foram parcialmente compensados pela realização favorável de preços.
Segundo dados da CNH, na América do Norte, a demanda por tratores de baixa potência cedeu 15% na comparação anual, enquanto para os de alta potência o recuo foi de 2%. Na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), a procura por tratores caiu 15% e por colheitadeiras recuou 24%. Já na América do Sul, a demanda por tratores caiu 18%, enquanto por colheitadeiras a baixa foi de 40%, "continuando a tendência negativa do segundo semestre de 2023", disse a empresa. A demanda por tratores na Ásia-Pacífico diminuiu 12% e por colheitadeiras teve aumento 16%, apesar do recuo de 22% na Austrália e na Nova Zelândia.
Para todo o ano de 2024, a CNH informou que espera que as vendas na indústria global sejam mais baixas nos mercados de equipamentos agrícolas e de construção. "No agregado para os principais mercados onde a empresa compete, a CNH anteriormente estimava que as vendas no varejo da indústria agrícola diminuiriam entre 10% e 15%, mas agora projeta volumes em queda de aproximadamente 15%, no limite inferior da faixa anterior", afirmou.
A companhia destacou que o recuo nas vendas líquidas do segmento agrícola devem recuar de 11% a 15%. Já para o fluxo de caixa livre, a projeção é de geração de caixa entre US$ 1,1 bilhão e US$ 1,3 bilhão no ano.