Ibovespa sobe a 128 mil pontos com commodities e NY, antes de agenda da semana ganhar força

Autor: Maria Regina Silva (via Agência Estado),
segunda-feira, 13/05/2024

O Ibovespa sobe desde cedo nesta segunda-feira, 13, e já recuperou a queda de 0,46% de registrada na sexta-feira, quando fechou aos 127.599,57 pontos. A elevação é amparada nas bolsas americanas e mais ainda em ações ligadas a commodities.

Apesar de dados fracos chineses, o minério de ferro subiu 2,42% na bolsa de Dalian, a US$ 122,87 por tonelada, o estimula a valorização das ações ligadas ao setor de metais.

"Temos visto bastante volatilidade nas commodities, que hoje ajudam. O principal problema, dúvida nos mercados, é quanto aos juros americanos. A semana promete terminar bem conturbada: sairão dados de inflação dos Estados Unidos, tem vencimento de opções sobre o Ibovespa quarta e sobre ações sexta e hoje a Petrobras divulga balanço", descreve Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos. O petróleo subia perto de 1,00%.

Assim, o Índice Bovespa pode sofrer volatilidade no pregão desta segunda-feira, devido à agenda escassa de indicadores hoje, mas que ganhará tração ao longo da semana, com a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), amanhã, e dados de inflação americanos, na terça e na quarta.

Além disso, os investidores aguardam a divulgação do balanço da Petrobras, após o fechamento da B3, e monitoram também o noticiário fiscal. Mais cedo, saíram os resultados do BTG Pactual, Azul, por exemplo, cujos papéis subiam em torno de 2,00% perto das 11 horas.

Em ação para socorrer o Rio Grande do Sul, o governo federal abriu um crédito extraordinário de R$ 12,2 bilhões e ainda discute um voucher, incremento do Bolsa Família e auxílio emergencial a famílias do Rio Grande do Sul.

Mais cedo, o boletim Focus trouxe alterações para cima nas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano e de 2025, além de diminuir a expectativa para o PIB do final do ano atualizada nos últimos 5 dias úteis, que passou de 2,10% para 2,02%. Já a estimativa para a taxa Selic, no fim de 2024, avançou a 9,75%, elevando ainda mais a espera da ata do Copom, relativa ao encontro da semana passada. Na ocasião, a Selic caiu de 10,75% para 10,50% e houve divisão no placar de votação para este ritmo de corte.

Segundo o Bradesco, a ata do Copom deverá elucidar os motivos que levaram os membros do Comitê a divergirem sobre o ritmo de redução do juro básico. "Adicionalmente, teremos os dados da PMS de março, que trará informações relevantes para a percepção da temperatura da atividade econômica do primeiro trimestre", diz.

"O mercado não gostou da divergência no Copom. Só que como já reagiu negativamente, pode ser que não seja tão penalizado quando o a ata for divulgada. Agora, se a inflação interna começar a incomodar e os Estados Unidos demorarem para começar a cortar os juros, vão elevar as incertezas internas incomodar os mercados", avalia Costa, da Fatorial Investimentos.

Às 11h07, o Ibovespa subia 0,75%, aos 128.555,76 pontos, após elevação de 0,84%, na máxima aos 128.669,39 pontos e mínima aos 127.598,83 pontos, com variação zero. Petrobras avançava em torno de 0,60% e Vale subia 0,76%. CSN Mineração tinha a maior alta do setor metálico, com 6,31%.