O Ibovespa estendeu a recuperação nesta quarta-feira, 13, e avançou 0,26%, aos 128.006,05 pontos. Em meio à agenda esvaziada de indicadores, Petrobras e Vale ficaram no foco do mercado. A petroleira foi a principal influência negativa, sucumbindo à incerteza em torno da sua política de dividendos. Em contrapartida, os papéis da mineradora ganharam força e, junto com grandes bancos, ajudaram a puxar a alta do índice.
O índice de referência da B3 oscilou entre leve queda e alta nesta quarta, entre a mínima, de 127.438,98 pontos (-0,18%), e a máxima, de 128.529,63 pontos (+0,68%). Dos 87 papéis da carteira teórica, 50 subiram. O giro financeiro ficou em R$ 22,7 bilhões, em um dia de vencimento de opções sobre o Ibovespa.
Segundo profissionais do mercado, na ausência de novos indicadores macroeconômicos aqui ou no exterior, o foco do dia ficou com o noticiário corporativo. As ações da Petrobras, que caíram entre 1,20% (PN) e 0,99% (ON), foram destaque negativo, contrariando aumentos de quase 3% nos preços de petróleo.
A informação de que a petroleira estuda a possibilidade de criar um fundo para receber os dividendos extras - uma solução mais definitiva e com agrado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que os recursos possam ser usados em investimentos - pesou sobre os papéis.
"Imagino que tenha muita gente saindo do papel, começando a ficar mais preocupado, porque está vendo que o risco não vale o prêmio dos dividendos", afirma o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz.
Na outra ponta, Vale ON avançou 0,64%, contrariando o minério de ferro, que caiu 2,53% na bolsa de Dalian, à menor cotação desde agosto do ano passado.
A expectativa por novos estímulos na China, após a notícia de que o regulador financeiro do país se comprometeu a atender "necessidades razoáveis" de financiamento de empresas do combalido setor imobiliário, impulsionou a companhia.
Ações de bancos também puxaram o Ibovespa, com destaque para Itaú Unibanco PN (+0,99%), BTG Pactual Unit (+2,69%, quarta maior alta do dia) e Bradesco (PN +1,06%, ON +0,96%). Segundo o analista da Finacap Felipe Moura, a Bolsa brasileira respondeu nesta quarta ao noticiário micro. "Muitas empresas subiram 1% ou 2%, por causa de notícias mais micro, de resultados", afirma.
Na ponta negativa, os destaques da sessão foram Pão de Açúcar ON (-3,20%), Cemig PN (-3,18%), Isa Cteep PN (-2,51%), São Martinho ON (-2,0%) e Fleury ON (-1,91%).