O Índice Bovespa já abriu em queda nesta quarta-feira, 23, e vem ampliando o ritmo das perdas, passando a oscilar abaixo dos 129 mil pontos. A queda está alinhada ao sinal negativo das bolsas de Nova York, que repercutem balanços corporativos aquém do esperado, mas é puxada principalmente pelas ações do segmento de commodities, devido à desvalorização dos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior.
Na avaliação de Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, os balanços corporativos trimestrais nos Estados Unidos (que estão no final) e no Brasil (que estão começando) devem adicionar volatilidade ao mercado, com potencial para romper suportes ou resistências gráficas, enquanto o mercado aguarda por definições no quadro fiscal doméstico.
O dia é de agenda pouco movimentada e os eventos até agora não chegaram a surpreender, como as estimativas divulgadas nesta quarta-feira pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as contas públicas do Brasil.
Embora o PIB deva continuar crescendo, o Fundo projeta que o peso da dívida pública no PIB brasileiro salte mais de 10 pontos porcentuais durante o governo Lula 3. "O que vai balizar a Bolsa nos próximos dias deverá ser os balanços de empresas importantes, como a Vale. Esses resultados podem tirar o índice da lateralidade dos últimos dias. No fiscal, o mercado segue à espera das medidas que os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) sinalizaram dias atrás", afirma a fonte ouvida pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Às 11h42, o Ibovespa tinha queda de 1,04%, aos 128.601,26 pontos. Vale ON perdia 1,36% e Petrobras PN, 1,47%.