O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que não foi informado oficialmente sobre a paralisação de 24 horas iniciada à zero hora desta terça-feira, 15, por trabalhadores do órgão lotados da Avenida Chile, no Centro do Rio de Janeiro.
O protesto é um alerta contra medidas tomadas pela gestão de Marcio Pochmann, atual presidente do IBGE, como a criação da Fundação IBGE+, alteração no estatuto do instituto, mudança de locais de trabalho de servidores e extinção do trabalho totalmente remoto.
A entidade representante dos trabalhadores solicitou reunião com Pochmann em ofício, mas o encontro ainda não foi agendado pela direção, informou o Estadão/Broadcast.
O IBGE ressaltou que a Lei de Greve (Nº 7.783, de 28 de junho de 1989) prevê que a representação sindical deve comunicar oficialmente o empregador, conforme o Artigo 13.
"Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação", destacou o IBGE em nota. "Cabe ao IBGE zelar pela lei e o papel democrático das relações de trabalho, para a conclusão, a contento, do plano de trabalho referente ao exercício de 2024", afirmou.
Núcleos estaduais do sindicato nacional dos servidores do instituto, o Assibge-SN, promovem reuniões ao longo de toda esta semana para decidir os rumos do movimento.