O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender o fim da desoneração dos combustíveis e disse que a decisão populista tomada pela gestão de Jair Bolsonaro nunca foi defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Lula não defendeu a desoneração de combustíveis", disse em entrevista à GloboNews.
Haddad costuma dizer que o ciclo de reoneração dos tributos federais (PIS e Cofins) que incidem sobre a gasolina e álcool está chegando ao fim. Esse movimento de elevação tributária é combinado com o momento internacional de queda no preço das commodities, inclusive petróleo, e a apreciação do real ante o dólar no Brasil. A combinação desses fatores já levaria a Petrobras a ter de ajustar os preços nas refinarias para baixo.
Com esta conjuntura, a reoneração dos combustíveis não causará pressão inflacionária porque a variação no preço será atenuada, segundo o ministro. Dessa forma, o cenário do ano passado, quando a inflação superou os dois dígitos, não será repetido.
"É o desarranjo das contas públicas é que poderá trazer problemas para a sociedade brasileira", disse o ministro, que defendeu as medidas adotadas pela sua equipe.