Guerra em Israel: como conflito pode prejudicar economia brasileira

Autor: Da Redação,
terça-feira, 01/10/2024
Após o ataque do Irã, os preços do barril de petróleo no mercado internacional dispararam 5%.

Após quase um ano de agressões do grupo terrorista Hamas contra os israelenses, e uma guerra que devastou a Palestina, a tensão aumentou com a participação do grupo extremista Hezbollah originário do Líbano, financiado pelo Irã e aliado do Hamas.

Há uma semana, Israel começou a bombardear áreas do Líbano. Nesta terça-feira, o país lançou uma operação terrestre "limitada" contra alvos específicos do Hezbollah. O aumento dos ataques entre as duas partes se iniciou após a explosão em série de pagers e walkie-talkies de membros do grupo, que responsabilizam Israel pela ação.

Além da tragédia humanitária, que resulta em mortes e migrações deixando milhares de pessoas sem abrigo, a guerra também pode gerar sérios efeitos econômicos em vários países, entre eles o Brasil, uma vez que a região é crucial para a produção de petróleo.

Após o ataque do Irã, os preços do barril de petróleo no mercado internacional dispararam 5%.

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Petróleo e combustíveis

Especialistas consultados pelo g1 concordam que a principal preocupação para a economia brasileira diante da intensificação do conflito no Oriente Médio é a alta nos preços do petróleo. A possibilidade de outros países se envolverem na guerra sempre provoca apreensão sobre uma possível queda ou interrupção na produção.

Logo no início do embate entre Israel e Hamas, por exemplo, no primeiro dia útil após os ataques iniciais, o preço do barril de petróleo subiu mais de 4% nas primeiras horas, atingindo perto dos US$ 90.

"Com medo de uma eventual escassez ou disrupção do transporte de combustíveis, que levariam ao aumento futuro do preço, os compradores já se antecipam e estocam petróleo, o que leva a uma subida imediata do preço", explica Emanuel Pessoa, especialista em Direito Internacional.

Em um cenário de manutenção dessa alta forte do petróleo, o Brasil poderia enfrentar avanços nos preços dos combustíveis, principalmente gasolina e diesel.

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Com a pressão em cima dos valores do diesel e da gasolina, a próxima área será a inflação, com o rápido crescimento nos valores dos combustíveis devido aos conflitos, tende a ser visto um disparo nos valores de frete que pode contribuir para o aumento de inflação subindo o valor final em alimentos e bebidas aos consumidores, já que o transporte rodoviário é a principal forma de escoamento de produtos no país.

 Com informações G1