O fluxo total de veículos em estradas com pedágio no Brasil subiu 0,2% na passagem de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal, informaram a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e a Tendências Consultoria Integrada.
Nas aberturas, o fluxo de veículos leves ficou estável (0%), enquanto o de pesados cresceu 1,1%.
Com esse resultado, o fluxo de veículos pesados atingiu o maior nível da série histórica, de acordo com a ABCR.
"O desempenho marca uma tendência positiva, beneficiada pelos resultados majoritariamente favoráveis da produção industrial e das vendas no varejo, que estimulam a demanda por fretes logísticos", destacaram, em nota, os analistas da Tendências Consultoria Thiago Xavier e Davi Gonçalves.
Em contrapartida, acrescentam eles, há sinais que sugerem menor expansão do consumo das famílias, com ritmo mais lento das concessões de crédito e menor produção agropecuária, o que gera limitações e alguma volatilidade para o fluxo de veículos pesados na margem.
Já em relação aos leves, essa acomodação, dizem os analistas, reflete a piora dos fatores que favorecem a demanda por viagens a passeio, como a redução no ritmo do crédito. "Ainda assim, vale destacar que essa acomodação ocorre em níveis elevados", salientam.
Na comparação com outubro de 2023, houve expansão de 4,1% no fluxo total de veículos, com alta de 7,6% entre os pesados e de 2,9% nos leves, segundo a ABCR.
Com esses resultados, o fluxo total cresce 4,2% no acumulado dos últimos 12 meses, com expansão tanto nos pesados (5,6%) quanto nos leves (3,7%).