O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, confirmou nesta quinta-feira, 15, que o estudo que está sendo elaborado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, de 1,4 gigawatts (GW), no Rio de Janeiro, será entregue ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) no dia 29 de setembro deste ano, depois de passar por análise da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
A previsão é de que a obra da usina, que está 65% pronta, seja finalizada entre 2030/2031, mais de 15 anos após as primeiras estimativas para a conclusão da terceira usina nuclear do Brasil.
A estimativa é de que a obra custe "um pouco mais de R$ 20 bilhões", disse Lycurgo durante evento sobre energia nuclear no Rio de Janeiro.
De acordo com o executivo, os recursos para construção de Angra 3 serão captados no mercado para pagamento entre 16 e 20 anos, sendo que a maior parte ficará sob responsabilidade de captação pela Eletronuclear.
Sobre a tarifa da nova unidade, um tema que, segundo ele, "sempre aparece quando se fala de nuclear", a percepção é de que será reduzida ao longo do tempo, assim como ocorreu com as outras usinas.
"Sempre se compara a tarifa da energia nuclear quando tem muita chuva, mas na verdade as tarifas de Angra 1 e de Angra 2 giram em torno dos R$ 355 o megawatt-hora (MWh). O PLD (Preço de Liquidação de Diferenças) em apenas uma tarde subiu de R$ 80 para mais de R$ 1 mil", exemplificou.
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