O dólar opera em alta na manhã desta quinta-feira, 9, refletindo o corte menor da taxa Selic em 0,25pp, para 10,50% ao ano e principalmente o placar acirrado da reunião (5x4), que na percepção do mercado pode significar mais leniência com a inflação à frente por parte da diretoria indicada pela atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. Pesam ainda a valorização do dólar e da curva dos Treasuries no exterior.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta que prefere esperar a ata do encontro, que será publicada na próxima terça-feira, para comentar a decisão do Copom. "Eu vou esperar a ata, acho que a ata pode esclarecer melhor o que passou. O comunicado está muito sintético", afirmou ao chegar à Fazenda. Haddad falou sobre a sinalização do Copom para as próximas reuniões, algo que não constou neste comunicado, pela primeira vez desde agosto do ano passado. "Acho que o guidance era uma coisa muito importante de se observar", disse.
No câmbio, a queda de 1,65% do minério de ferro na China pode estar favorecendo o dólar. Já os dados chineses de comércio exterior melhores do que o esperado estão em segundo plano. As exportações da China tiveram alta anual de 1,5%, após caírem no mês anterior. Já as importações saltaram 8,4% em abril, bem mais do que se previa.
A produção industrial cresceu em 5 dos 15 locais pesquisados em março ante fevereiro, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na média global, a indústria nacional cresceu 0,9% em março ante fevereiro.
Lá fora, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa básica de juros em 5,25%. A libra e euro recuam ante o dólar desde cedo.
Às 9h21 desta quinta, o dólar à vista subia 1,35%, a R$ 5,160. O dólar para junho ganhava 1,43%, a R$ 5,1695.